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COMÉRCIO DE ABRANTES - ANO 1933

UMA PREMONIÇÃO... (ANO 1933)    

Por José Manuel d’Oliveira Vieira
            Em 1933, Abrantes realizou um evento denominado de “Semana dos Inválidos do Comércio”. Estes festejos prolongaram-se durante a semana de 11 a 18 de Junho.
            A Comissão composta pelos comerciantes Srs. Manuel José Coelho, Jaime Pintassilgo e Francisco Velez elaboraram um programa bastante recheado, sendo o primeiro dia, dedicado à afixação de cartazes e reclames dos comerciantes associados.
            Tendo chegado até aos nossos dias alguns exemplares dos programas, publicados pela “Minerva, Ldª – Telefone Nº 77 – Abrantes”, achando profético e interessante o discurso de A. A. Salgueiro, achei por bem dar a conhecer uma parte dessa prédica, bem como a publicidade que os comerciantes do Concelho, associados ao evento, mandaram publicar nessa pequena brochura de 1933:
            “O Comercio em geral representa a maior força económica, mobilizadora de todas as riquezas de uma nação e em todo o Mundo.
            Os seus empregados, os pequenos comerciantes, são os executores da sua grandiosa obra em prol da distribuição d’essas riquezas, mas não são os mais felizes, porque são os primeiros a tombar quando uma crise de negócios ou a concorrência desleal de muitos outros agentes estranhos á classe lhes estancam o seu labor produzindo a falência e a falta de trabalho.
” A. A. SALGUEIRO – (1933) (a).
            Não havendo uma política de preservação dos meios tradicionais de comércio, devido às leis vigentes, o abandono das antigas mercearias, drogarias, tabernas etc., tal como as conhecemos, tornou-se inevitável. Uma ou outra, lá se adaptou às novas tecnologias e a muito custo vai sobrevivendo, mas incapazes de concorrer com as grandes áreas comerciais.
            (a) Para recordar fica o discurso profético de A. A. Salgueiro feito no ano de 1933 (Publicação “Minerva, Ldª. Abrantes” ano 1933).
NOTA: Fotos dos locais correspondentes aos anúncios aqui publicados, serão inseridas junto dos mesmos conforme vão sendo localizadas no arquivo do "COISASD'ABRANTES".


À esquerda da "Loja Singer" podemos ver a montra da "Sapataria "LIZ" de Joaquim Cardoso.

 
Esta foto mostra a "Sapataria Cardoso" com o nome da loja na fachada do edifício.


No circulo podemos ver a "Casa comercial - Fernando António d'Assis".


Rua Manuel Constâncio "Barbearia Aparício"




Onde hoje se encontra a Caixa Geral de Depósitos (lado direito) estava a "Barbearia Camilo" e a "BENAMÔR" que tratava de trabalhos fotográficos. 





Casa "José Correia", conhecida por Casa Correia.


Na actual Rua Alexandre Herculano e Largo João de Deus encontrava-se a "Antiga Casa Vigia" hoje está uma loja de conveniência. Fotos mais antigas existem e mostram outro tipo de comércio que a seu tempo iremos aqui colocar.

Mais uma vista da "Casa Vigia". Ao lado podemos ver uma outra casa comercial "Sapataria Lobato".


Bem em frente ao Café Bilhar (onde hoje está a Caixa Geral de Depósito - lado esquerdo - estava a "Sapataria Alexandre" (ver pág 153 Toponímia Abrantina com o nome antigo da Rua).

O antigo "Cafe/Cervejaria - Abadia" foi construído no local onde anteriormente existiu uma antiga capela.  


À esquerda da Barbearia Benamôr encontrava-se a cervejaria/restaurante "GATO PRETO", na mesma casa esteve também o "Centro da Moda".


Chainça-Alferrarede "Construtora Abrantina"
(Os pioneiros, a máquina a vapor, a factura, a máquina dos cheques, empregados junto à MAN e o local onde funcionou a carpintaria mecânica. 


"António Augusto Salgueiro - Loja de ferragens". Saiu da Praça Raimundo Soares Mendes para a Praça Barão da Batalha e deste para Alferrarede. 


Nesta foto podemos ver dois antigos estabelecimentos comerciais. À esquerda a ourivesaria "A Portuense, mais conhecida por ourivesaria Lemos" à direita a "Nova Casa Confiança, mais conhecida por - Casa Milho".


Na imagem (montra grande) podemos ver a "Alfaiataria Gaspar". Anteriormente encontrava-se na antiga Rua do Comércio/antiga S. João e actual Rua Dr Henrique de Miranda Martins de Carvalho.

No local assinalado pela seta funcionou o "Barbeiro e Cabeleireiro" Júlio Dias do Nascimento.


Na Rua D. Miguel de Almeida, onde hoje se encontra um parque estacionamento da Farmácia Silva, estava o "Hotel Comercial Santos", mais conhecido por "Pensão Santos".


Farmácia Motta Ferraz


Foi "Hotel Montes" e "Pensão Outeiro" - esta casa está devidamente identificada na imprensa local. 


Na Praça Raimundo Soares  (ver toldos) esteve uma "Filial dos Grandes Armazéns do Chiado"


Aqui, na Rua 5 de Outubro funcionou a "Auto - Reparadora Abrantina".

Ourivesaria Palma



CAPAS DE BROCHURAS COM MUITA PUBLICIDADE AO COMERCIO E INDUSTRIA DE ABRANTES: 

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